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Em um discurso que demorou cerca de meia hora, durante a aula magna do primeiro curso de medicina da Universidade de Pernambuco, em Garanhuns, região Agreste do Estado, a presidente Dilma prometeu como novo desafio de sua gestão o combate à falta de médicos nas regiões mais pobres, como o Nordeste, e anunciou ainda que até outubro o Ministérios da Educação e Saúde lançarão um programa nacional do ensino médico com a meta de ampliar o número de alunos de medicina em todo o País.
A presidente disse que a meta do programa é formar 4,5 mil novos médicos ao ano, principalmente fora dos grandes centros, em regiões menos desenvolvidas, com a interiorização dos cursos de medicina.
"Em todo o Brasil, temos falta de médicos. No Nordeste, entretanto, a crise é mais aguda. Temos 28% da população, mas apenas 17% dos médicos", comparou a presidente.
"Os brasileiros dos pequens municípios tem direito a saúde de qualidade e eu espero contar com os profissionais que vocês serão em beve neste desafio", apelou.
No discurso que fez durante a aula inaugural, Dilma convidou os alunos a criarem laços com as regiões onde vão estudar. "Namorem, casem, se estabeleçam aqui e ajudem a transformar esta cidade em um pólo de excelência em saúde. Nós seremos capazes e o interior do Brasil precisa de mais médicos".
No mesmo discurso, Dilma chegou a citar Lula para apelar aos jovens universitários. "Vocês são parte da transformação do Brasil. O cenário de desigualdade está mudando. Vamos combater a insuficiência de médicos. Não vamos medir esforços. O menino que deixou Caetés em 1952 e tornou-se presidente teria muito orgulho de estar aqui oje. Ele valoriza a educação das pessoas"
Para mudar a realidade que ela mesma retratou, Dilma prometeu vantagens para os novos médicos. Os estudantes inicialmente terão desconto no Fies e uma maior pontuação em residência se aderirem à carreiras incentivadas pelo SUS. Ela prometeu ainda que os cursos de graduação no interior não ficarão sem residência médica.
O discurso foi essencialmente técnico, embora a presidente tenha se dado a luxo de fazer com as mãos o coração que usava na campanha eleitoral.
Na parte mais política, em que nem de longe lembrou o ex-presidente Lula, Dilma lembrou estudo recente do IBGE mostrando que houve uma inversão no fluxo migratório, em busca de oportunidades no Nordeste, economia que mais cresce no país.
fonte: http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo
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